Por que fazer uma avaliação física?
- Leonardo Gonçalves
- Nov 27, 2022
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A avaliação física é um procedimento inicial em qualquer bom programa de treinamento, uma vez que, por meio dela é possível reunir elementos importantes para o processo de planejamento de um treino eficiente e individualizado. Sem ela, a sugestão de treino entregue corre o risco de ser ampla, generalista e mal direcionada aos objetivos do cliente.
O treinamento só pode ser individualizado quando considera as individualidade de cada individuo, ou seja, identifica de acordo com os objetivos e as características do beneficiário como deve se proceder com o treinamento, quais devem ser as prioridades e quais serão os objetivos ao longo do tempo.
Com os resultados da avaliação física em mãos, o profissional bem orientados será capaz de prescrever um treino considerando variáveis como:
-Volume;
-Intensidade;
-Frequência;
-Duração da sessão.

Fatores de risco
Além de ser essencial no processo de planejamento do treinamento, a avaliação incial ajuda o profissional a descartar ou identificar fatores de risco, que por sua vez tem influência direta no que será prescrito. O CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) elaborou a Nota Técnica n° 002/2012. que orienta os Profissionais de Educação Física a realizarem uma avaliação física detalhada antes da elaboração de um programa de exercícios. Caso sejam observados fatores de risco que possam ser agravados pela atividade física, o Profissional deverá solicitar uma avaliação médica especializada, buscando identificar restrições e estabelecer linhas de orientação para prescrições de exercícios apropriados.
Por exemplo, O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal é um excelente indicador de risco para doenças cardiovasculares. de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a circunferência abdominal não deve ultrapassar os 94 centímetros (cm) em homens e 90 cm em mulheres. Este é apenas um dos indicadores de saúde básicos que podem ou não acender uma luz amarela de atenção em relação a riscos coronarianos (cardíacos) e vários outros, associados direta e indiretamente.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), identificaram que pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) próximos ao limite do risco também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração, indicando que mesmo atendendo os padrões mínimos de atividade, este continua sendo um fator de risco, e deve ser tratado como uma das prioridades dentro de um programa de treino bem definido.
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